segunda-feira, 26 de julho de 2010

Humor









Quarto Universitário

Humor

Um pouco de arte: Giorgio de Chirico

Giorgio De Chirico nasceu em 10 de julho de 1888 em Vólos, na região grega da Tessália, onde seu pai trabalhava. Depois da morte deste, viajou com a família pela Itália e pela Alemanha e ficou fascinado com a pintura do simbolista suíço Arnold Böcklin.
Por volta de 1909 começou a pintar seus famosos cenários arquitetônicos, solitários, irreais e enigmáticos, onde colocava objetos heterogêneos para revelar um mundo onírico e subconsciente, perpassado de inquietações metafísicas.
Para isso, valeu-se da perspectiva tradicional do Renascimento florentino - que proporcionava ao conjunto uma sensação de infinitude - de um desenho marcado e de uma luz uniforme, com arcadas, torres, praças e fachadas.
Em 1911 mudou-se para Paris, onde no ano seguinte fez sua primeira exposição, muito admirada por Picasso e Appolinaire.
Durante a primeira guerra mundial conheceu num hospital italiano o pintor futurista Carlos Carrà, com quem fundou a Scuola Metafisica. Durante esses anos, introduziu em seus quadros maior heterogeneidade de objetos; neles apareciam manequins, nus ou vestidos à moda clássica, enigmáticos e sem rosto ("Heitor e Andrômaca"), que pareciam simbolizar a estranheza do ser humano diante de sua ambiência.
Na década de 1920, inesperadamente, De Chirico mudou para um estilo classicista, distanciado do metafísico, e, ainda que tenha participado da exposição surrealista de Paris em 1925, afastou-se cada vez mais desse movimento.
Em 1940 regressou à Itália e adotou um estilo já decididamente acadêmico, baseado em temas mitológicos e clássicos.
Faleceu em 20 de novembro de 1978 em Roma, de uma parada cardíaca.
Com sua pintura, Giorgio De Chirico antecipou o triunfo da estética surrealista; de certo modo, o enigma de sua radical transformação pictórica acrescenta mais uma interrogação ao estranho mundo de suas visões.


©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

domingo, 25 de julho de 2010

Cheiro de perfume barato

Ela era tão linda, seus olhos avassaladores, o seu corpo era sinuoso, passava diversas vezes em minha porta, parecia que queria me provocar. Aquele cheiro de perfume barato penetrava profundamente em meu corpo, passava por meus pulmões e inebriava minha cabeça.
Não aguentava mais aquele mundo de futilidade, precisava daquele frescor juvenil. Preocupações com minha faculdade, que eu não dô a mínima, mas que meus pais faziam questão de ver aquele diploma de Medicina pendurado ao lado dos seus, o retrato de uma família perfeita.
Naquele momento eu não consegui me concentrar, as conversas despercebidamente soavam como se fosse um barulho indecifrável, os gestos das pessoas daquela festa eram previsíveis. Somente uma palavra me interessava: Conceição. Saí daquele lugar ignorando todo aquele protocolo, as pessoas começaram a me olhar como se fosse um corpo estranho atrapalhando aquela encenação.
Peguei meu carro e sai desesperado, procurando alguma coisa que me anestesiasse e fizesse esquecer tudo aquilo. Seguia enfurecido cortando todos os caminhos, desafiando a sorte. Não sabia onde estava, havia apenas velhos sobrados e um pequeno bar, decidi parar. Entrei no pequeno bar que na primeira vista parecia um simples boteco, mas, ao entrar vi que o lugar era um grande labirinto que ocupava a maioria dos sobrados. Entrei mais profundamente, sempre seguido de olhos que me observavam discretamente, subi uma das escadas, sentei em uma das mesas. A fumaça de cigarros estava encobrindo as pessoas com uma suave névoa, se ouvia gargalhadas e gritos, as mulheres exibiam o seu corpo sem nenhum pudor. Uma moça se aproximou de mim, quando ela chegou mais perto, não pude acreditar quando vi Conceição, seu resto estava totalmente transfigurado, não havia nada dela por trás daquela pesada maquiagem, só uma coisa continuava a mesma, o cheiro de perfume barato. Seus olhos ao me ver se encheram de lágrimas, não tive tempo de dizer uma sequer palavra, outra garota chegou e a expulsou da mesa dizendo que deixasse os clientes para as outras. Estava atônito,  aquela menina havia se transformado em uma caricartura de mulher.

sábado, 24 de julho de 2010

Pesadelo com lugares

Desde criança eu tenho alguns pesadelos que se repetiam inumeras vezes, lugares que nunca estive antes pareciam tão reais...
Certa vez na sala de espera em uma visita ao medico, notei um jardim de inverno que se prolongava até o final do terreno formando um longo corredor de arcos que parecia não ter fim, ao vê essa imagem me veio na memória o lugar dos meu pesadelos, um longo e misterioso corredor, consegui lembrar nitidamente de seus detalhes. Ao chegar em casa a noite, relembrando o acontecido decido desenhar o lugar dos meus sonhos com todos os detalhes, consigui não só desenhar o corredor, mas, também lembrar do destino que o grande corredor levava, uma escada que dava acesso a um pavimento inferior, nesse pavimento inferior só existia uma pia suja, uma porta e janela com robustas grades enferrujadas, que permitia observar o céu arvemelhado em contraste do verde do mato que encobria a visão com exceção de uma escada externa que desaparecia no declive do terreno. O engraçado é que eu ja estive um lugar semelhante alguns anos atrás e me veio uma tontura e sensação de ja ter visto o local antes, mas não soube explicar nem lembrar desses pesadelos, desta vez pude lembrar de todos os detalhes extamente.

Acordar!!!

Finalmente tomei coragem para ter meu proprio blog.
Não vou prometer aqui que isso de torne uma rotina, mas é um primeiro passo para esse adiado projeto.

(On)Írico tem uma proposta diferente, assim como um sonho, que a princípio nasce sem um enredo e em que tudo pode acontecer, o blog tem um conceito aberto para falar de assuntos reais ou irreiais.

Sonhando....

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